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Envelhecer não é só perder, também é ganhar!

Todos os cidadãos, independentemente da sua idade e, portanto, incluindo os mais velhos, devem usufruir dos seus direitos e da sua autonomia, acedendo a serviços de saúde, cultura, educação e lazer, assim como participar na vida política e social das comunidades onde vivem.
No âmbito do protoloco estabelecido no dia 19 de maio de 2021, entre a Câmara Municipal da Amadora e a Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP), com o objetivo de promover a literacia em saúde psicológica e o bem-estar da população, iremos aqui abordar nas próximas semanas, algumas temáticas relacionadas com a saúde mental, recorrendo ao portal da OPP, eu sinto.me, que reúne informação e recursos sobre Saúde Psicológica e Bem-estar, baseados em evidências científicas da Psicologia, atualizados, fidedignos, gratuitos e acessíveis a todos (crianças, jovens, adultos e cidadãos seniores).
 
Outubro é o mês das comemorações da População Maior, e, como tal, dedicamos as próximas linhas à importância do Envelhecimento Ativo.
 
Envelhecer com Saúde Psicológica

Uma das dimensões mais importantes do envelhecimento ativo, saudável e bem-sucedido é a Saúde Psicológica, essencial ao longo de toda a nossa vida. É tão importante cuidarmos da Saúde Psicológica como da Saúde Física à medida que envelhecemos.
 
O que podemos fazer para envelhecer com Saúde Psicológica?

- Investir nas nossas relações sociais;
- Participar ativamente na nossa comunidade;
- Reservar tempo para o Autocuidado;
- Continuar a aprender e a realizar atividades de lazer;
- Adotar um Estilo de Vida Saudável: Escolher alimentos saudáveis, Manter atividade física regular e Criar e manter bons hábitos de Sono;
- Refletir e planear o processo de envelhecimento: Que propósito terá a nossa vida?
 
Envelhecer não é só perder, também é ganhar

O processo de envelhecimento interessa-nos a todos (e não apenas aos cidadãos seniores), pois todos passamos por esse processo (e seremos cidadãos seniores um dia).
Quando ouvimos falar sobre envelhecimento este é, muitas vezes, associado apenas aos idosos e a um processo negativo, com consequências maioritariamente desagradáveis. Existem vários preconceitos e estereótipos, atitudes, crenças e suposições erradas relativamente ao processo de envelhecimento e aos adultos mais velhos. Estas ideias centram-se muito na diminuição das capacidades e do valor dos cidadãos seniores e acabam por influenciar as expetativas e as experiências de vida dos idosos em diferentes áreas (como a saúde o trabalho ou o lazer). No entanto, é falso que os adultos mais velhos sejam menos produtivos, mais resistentes à mudança, menos capazes de lidar com a tecnologia ou mais frágeis, por exemplo.
 
Envelhecer não significa apenas perder, também significa ganhar. Apesar das perdas inevitáveis que o envelhecimento nos traz, pode ser bom envelhecer. Envelhecer não tem de significar perder direitos, dignidade, autonomia e participação cívica. Pelo contrário, um envelhecimento saudável e bem-sucedido permite-nos adaptar às circunstâncias que mudam na nossa vida, mantendo-nos ativos e satisfeitos a todos os níveis. À medida que envelhecemos podemos e devemos continuar a investir na nossa vida e no nosso desenvolvimento.

Além de poderem manter a sua Saúde Psicológica e Bem-Estar, vivendo uma vida com significado e realização pessoal, os cidadãos seniores podem dar contributos essenciais para a sociedade – enquanto indivíduos, membros de uma família e comunidade, voluntários, cuidadores ou trabalhadores ativos.
 
A nossa atitude face ao envelhecimento faz diferença?

Sim, faz muita diferença. Faz diferença no nosso próprio envelhecimento, pois a nossa atitude (mais positiva ou mais negativa) afeta a nossa Saúde (física e psicológica). Uma atitude negativa face ao envelhecimento pode levar-nos a ter expetativas desadequadas e a desinvestir da adoção de um estilo de vida saudável, das nossas relações sociais, da aprendizagem e desenvolvimento pessoal. Pelo contrário, uma atitude positiva ajuda-nos a ter expetativas realistas face ao processo de envelhecimento e está associada a uma melhor gestão das adversidades, mais bem-estar, maior investimento nas relações sociais e diminuição do risco de doenças e de mortalidade.

E também faz diferença do ponto de vista social. O idadismo – quando discriminamos alguém com base na sua idade (por exemplo, quando consideramos que alguém, apenas por é mais velho, é mais frágil ou dependente, mais resistente às mudanças menos competente, criativo ou interessado) – reforça as desigualdades sociais e tem repercussões na forma como, enquanto sociedade, envelhecemos.
 
Comunidades Pró-Envelhecimento

São os cidadãos o principal valor da sociedade e esse valor não tem fronteiras de idade.
Neste sentido, mais do que tentar anular o envelhecimento demográfico, é necessário mobilizar esforços para potenciar os benefícios do envelhecimento. Desconsiderar o benefício coletivo do envelhecimento é desperdiçar capital humano.
Estando os portugueses entre os europeus que vivem mais tempo, somos também dos que, a partir dos 65 anos, vivemos com menos saúde.

Segundo o Observatório da Natalidade e do Envelhecimento em Portugal – 1ª Edição, a maior parte dos cidadãos está preocupada com o envelhecimento e consideram importante manter uma vida ativa para além dos 65 anos.
Para que isso aconteça, é necessário transformar a forma como envelhecemos e reposicionar os cidadãos seniores no conjunto do sistema de relações intergeracionais, sociais e económicas, alterando o reconhecimento e valorização social que fazemos destes cidadãos.

Neste sentido, defendemos Comunidades que respeitem o princípio da dignidade, da autonomia, do desenvolvimento pessoal, do acesso aos cuidados/serviços e da participação. Todos os cidadãos, independentemente da sua idade e, portanto, incluindo os mais velhos, devem usufruir dos seus direitos e da sua autonomia, acedendo a serviços de saúde, cultura, educação e lazer, assim como participar na vida política e social das comunidades onde vivem.
 
Refletir e planear o processo de envelhecimento

Confrontarmo-nos com o nosso processo de envelhecimento e com o fim da nossa vida traz-nos um conjunto de questões emocionais, espirituais e até pragmáticas. É natural que, à medida que envelhecemos, vamos pensando e sentindo necessidade de falar sobre elas: Como vamos experienciar a reforma? Como nos vamos adaptar às mudanças na nossa família e na nossa vida? Que propósito terá a nossa vida? Como vamos conseguir manter-nos independentes e controlar a nossa vida? Como vamos cuidar de nós ou de outras pessoas importantes para nós? E quando a morte chegar, como vamos lidar com a perda das pessoas que nos são próximas (por exemplo, familiares e amigos)? Podemos sentir necessidade de ir planeando algumas destas coisas.
Estas questões podem trazer-nos preocupações, medos e ansiedade. É importante lembrar que podemos sempre pedir ajuda. Um Psicólogo pode ajudar.
 
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