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Conversas na Rua | 10 artistas portugueses de arte urbana nas ruas da Amadora

O projeto Conversas na Rua celebra a sua 6.ª edição, com a participação de 10 artistas portugueses, em vários locais da cidade, até 26 de setembro.
O tema da edição deste ano é a “Amadora Ilustrada”. Todos os artistas foram desafiados a inspirar-se na arquitetura, no património cultural, na multiculturalidade, na identidade social e na história local da cidade.

Os artistas convidados da 6.ª edição do Conversas na Rua são: Odeith, Add Fuel, Kruella d’Enfer, Miguel Brum, Mariana Santos, Jorge Charrua, Sofia Cruz, Aka Corleone, Carlos Farinha e Robert Panda.

Desde 2015 que a Amadora desafia artistas a espalharem a sua marca pela cidade, através de pinturas murais em diversos locais da cidade (empenas de prédios e muros no espaço público), com o objetivo de promover a atividade cultural, artística e social da cidade, e torná-la um pólo atrativo, reconhecido e com potencial de crescimento no que diz respeito à Arte Urbana.

Abra a galeria de imagens acima e veja como a cidade está a ficar ainda com mais cor e acompanhe a evolução dos trabalhos!

 

Conheça abaixo os locais da cidade que este ano estão a ser intervencionados, as datas e os artistas.

Empenas

Rua Fonte dos Passarinhos (Falagueira – Venda Nova) | Kruella D’Enfer | 14 a 21 setembro
Artista visual e ilustradora portuguesa, Kruella d'Enfer (1988) refugia-se no seu universo visual encantado, onde cria personagens, mitos e cenários onde a natureza assume um lugar primordial. Entre murais em grande escala e ilustrações em tela, a artista já integrou várias exposições individuais e coletivas. Habitualmente, a sua linguagem visual reveste-se de uma paleta de cores contrastantes e formas geométricas que procuram dar vida às suas estórias e memórias.

Avenida General Humberto Delgado (Mina de Água) | Odeith | 14 a 21 setembro
Natural da Damaia, Odeith (1976), desde cedo, revelou aptidão para as artes plásticas. Em meados de 1980, toma contacto com uma lata de spray pela primeira vez e, a partir desta data, o graffiti assume-se como uma prática recorrente. O fascínio pelo obscuro e pela paisagem urbana levam-no a intervir quase, obcessivamente, em todos os suportes com que é confrontado. A intercalação entre escalas e a diversidade de formatos contribuem para o total domínio que detém da proporção e da perspetiva. Em 2005, o artista adquire o reconhecimento mediático pelas suas incursões na arte anamórfica, destacando-se as composições em perspetiva e em diferentes superfícies, que resultam numa ilusão de ótica em efeito 3D.

Avenida Ruy Luiz Gomes (Encosta do Sol) | Aka Corleone | 14 a 21 setembro
AkaCorleone é Pedro Campiche (n. 1985), um artista visual com ascendência portuguesa e suíça que iniciou o seu percurso como praticante de graffiti. Desenhador compulsivo e obcecado por todos elementos gráficos e visuais, Aka Corleone estudou artes e licenciou-se em Design e Comunicação Visual, em 2007. Após trabalhar como designer gráfico em ateliers durante alguns anos, decidiu trabalhar como ilustrador freelancer em complemento com o desenvolvimento da sua atividade artística. No campo das artes visuais é, hoje, conhecido pela destreza com que aborda o uso da cor, a tipografia, personagens e formas depuradas que combina de forma hábil, de modo a produzir composições apelativas imbuídas de originalidade e de um humor abrangente.

Praceta Ruy Belo (Encosta do Sol) | Jorge Charrua | 16 a 23 setembro
Jorge Charrua nasceu em 1991, em Vila Franca de Xira. Inicia a sua actividade artística, em 2004, no graffiti. É Licenciado em Pintura, pela Faculdade de Belas-Artes de Lisboa. A sua obra vive num equilíbrio entre o saudosismo e a nostalgia. Através de iconografias e símbolos, Jorge Charrua inspira-se na cultura urbana mas recorre a uma pintura tradicional para estabelecer pontos de contacto entre um presente recente e um passado distante. A representação da figura humana surge num jogo entre a melancolia e a afirmação. O trabalho de investigação vai-se manifestando também no exterior, sendo o desafio: manter a coerência plástica do trabalho de atelier no ofício mural.

Estrada da Falagueira (Falagueira - Venda Nova) | Add Fuel | 14 a 23 setembro
Add Fuel é o pseudónimo do artista visual e ilustrador português Diogo Machado (1980). Com formação em Design Gráfico, o artista desenvolveu um conceito criativo relacionado com uma reinterpretação da tradição azulejar portuguesa. Através da fusão entre elementos tradicionais e contemporâneos, os seus padrões em stencil revelam uma enorme complexidade e uma atenção rigorosa ao detalhe. Com base num processo de tesselação, o autor cria um equilíbrio entre repetições simétricas. Através de técnicas de ilusão de ótica como o trompe-l'œil, as suas composições em múltiplas camadas culminam numa poesia visual que interpela a perceção do observador e as suas possibilidades de interpretação. O seu trabalho artístico já foi exposto um pouco por todo o mundo, em exposições individuais e coletivas.

Rua Elias Garcia (Falagueira – Venda Nova) | Junto à Taberna da Tia Rita | Mariana Santos | 14 a 21 setembro
Mariana Duarte Santos é uma artista plástica portuguesa cujo trabalho explora as técnicas da pintura a óleo, a impressão, o desenho e, mais recentemente, a pintura mural. As suas peças refletem a forma como observa e perceciona o mundo, quase como se se tratasse de um voyeur silencioso que procura descobrir mais sobre os objetos do seu olhar, os seus estados emocionais e dilemas do quotidiano. A sua linguagem é, sobretudo, figurativa, inspirada pelos frames de filmes e fotografias; registos do passado e, até já esquecidos, numa tentativa de recuperar e capturar uma esperança desolada a partir das imagens pungentes e antigas que a artista vê como dignas de uma nova existência.

 

Postos de transformação

Rua Elias Garcia (Falagueira – Venda Nova) | Portas de Benfica | Carlos Farinha | 14 a 20 setembro
Carlos Farinha nasceu em Santarém, em 1971. É licenciado em Artes Plásticas, vertente escultura, pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. Realiza e produz cenografias para o Festival Amadora BD desde 1998. Foi co-fundador de "EPIPIderme, encontros à volta da Performance", em 2010. Ganhou diversos prémios, sendo o último, uma Menção Honrosa na "Bienal Internacional de Artes Plásticas da Marinha Grande", em 2010. Está representado em diversas coleções públicas e privadas, expondo com regularidade em galerias e museus um pouco por todo o mundo. O seu trabalho artístico caracteriza-se uma elevada complexidade revelada pelo detalhe com que retrata os personagens e cenários das suas histórias e reinterpretações da vivência humana.

Rua Damião de Góis (Encosta do Sol) | Junto ao metro Alfornelos | Krus | 10 a 17 setembro
KRUS (1989) é o pseudónimo da artista plástica Sofia Cruz. Começou a pintar desde muito cedo, motivada pelo envolvimento que sempre teve com o universo natural. A paixão pelas tintas, pela cor, pelos materiais e, também, pelos elementos que a inspiram, levaram-na à pintura, técnica que tem vindo a aperfeiçoar. Em 2016, surge definitivamente a oportunidade de abraçar a sua prática em exclusividade, após concluir uma Pós-Graduação em Design de Equipamento e Espaço. A natureza mantém-se como tema fiel e ao qual dedica uma vasta parte do seu universo plástico.

Estrada da Serra da Mira (Mina de Água, junto à rotunda do vulcão) – Miguel Brum | 10 a 15 setembro
Ilustrador e Tatuador, Miguel Brum, desde cedo, se revelou atraído pela cultura e vivência urbanas. As suas primeiras incursões artísticas iniciaram-se na prática do graffiti, ainda na década de 1990, com a realização de murais em grande escala, onde sobressaiam as assinaturas arrojadas e as figuras proeminentes. A inspiração mitológica, por um lado, a cultura oriental, por outro, culminaram, gradualmente, numa linha gráfica que caracteriza o seu traço, quase em exclusivo, a spray. Na atualidade, afirma-se como um dos artistas mais reputados na arte pública urbana, constando dos principais alinhamentos dos festivais e eventos nacionais.

Instalação artística de Robert Panda no centro da cidade
Robert Panda é o alter-ego de um artista visual contemporâneo cujas primeiras experiências artísticas iniciaram-se na prática do graffiti. Perante a necessidade de interpelar o habitante da cidade e fazê-lo questionar a sua própria existência, através de uma crítica implícita a algumas problemáticas sociais contemporâneas, Robert Panda inicia um processo criativo através da instalação de figuras antropomórficas à escala humana que posiciona em espaços públicos, personagens esses que intitulou de “Stupidos”. Nesta série, o artista explora a transversalidade entre a escultura e a street art.

 

A 6.ª edição do projeto Conersas na Rua integra o programa das comemorações do 41.º Aniverário do Município da Amadora. Para mais informações sobre esta inicitiva consulte http://www.amadoraemfesta.pt/ | https://www.2343ec78a04c6ea9d80806345d31fd78-gdprlock/amadoracidade/