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Arte Urbana | Conversas na Rua

A festa da arte urbana regressou à cidade da Amadora, com a 8.ª edição do projeto Conversas na Rua, que este ano contou com a participação de um convidado internacional, o artista argentino Guido Palmadessa.
Odeith (embaixador local que participa na iniciativa desde a sua primeira edição), Mário Belém, Daniela Guerreiro, Pitanga, Los Pepes Studio e Mariana Santos compuseram o núcleo de artistas portugueses desta edição.
 
O projeto ‘Conversas na Rua’ é uma iniciativa inserida na programação do Amadora em Festa, que promove a arte urbana pública na cidade da Amadora, através de um conjunto de intervenções plásticas provenientes de diferentes disciplinas artísticas, nomeadamente: a pintura, o muralismo, ilustração e graffiti.
 
Este projeto tem como principal objetivo fomentar a atividade cultural, artística e social da Amadora e tornar a cidade num polo atrativo, reconhecido e com potencial de crescimento no que diz respeito à arte urbana.

As obras realizadas no âmbito desta iniciativa podem ser apreciadas através do Mapa da Arte Urbana na Amadora (cm-amadora.pt).
 
Nesta edição, foram alvo de intervenção artística os seguintes locais:
- Muro da Estrada da Portela (junto ao Pavilhão Nuno Delgado) – Coletivo artístico Los Pepes Studio;
- Av. Dr. Fernando Piteira Santos (freguesia da Mina d’ Água) – Daniela Guerreiro;
- Praceta de Santa Cruz (freguesia da Falagueira-Venda Nova)  – Mário Belém;
- Av. Marechal Sá da Bandeira (freguesia da Venteira) – Guido Palmadessa;
- Escola Secundária da Amadora (freguesia da Venteira) – Mariana Santos;
- Av. Gorgel do Amaral (freguesia das Águas Livres) – Odeith;
- Av. do Brasil (freguesia da Falagueira-Venda Nova) – Pitanga.
 
Sobre os artistas
 
Odeith
Nasceu em 1976, na Damaia. Teve, pela primeira vez, contacto com a prática artística em meados dos anos 1980, mas foi na década seguinte, quando o graffiti se começou a disseminar em Portugal, que teve o primeiro contacto com esta manifestação e com o movimento que se iniciava. Em 2005, torna-se reconhecido internacionalmente pelas inovadoras incursões na chamada arte anamórfica, onde se destacou pelas composições criadas em perspetiva pintadas em diferentes superfícies, como esquinas de 90’ ou da parede para o chão, criando um efeito de ilusão ótica. Atualmente, assume a pintura como atividade principal, tendo criado murais para empresas nacionais e internacionais como a London Shell, a Kingsmill, o Sport Lisboa e Benfica, a Coca-Cola, as Estradas de Portugal, a Samsung, entre outras.
 
Mário Belém
Nasceu em 1977 e vive em Carcavelos. Estudou Design Gráfico na Ar.Co, em Lisboa. Durante vários anos, trabalhou como ilustrador digital e designer gráfico, contudo o seu fascínio pela pintura foi mais forte. Atualmente, trabalha, em simultâneo, no seu estúdio e no espaço público, intercalando a pequena e a grande escala nas suas peças. A sua linguagem estética permitiu-lhe afirmar-se como uma referência da arte contemporânea portuguesa, por via das suas composições visuais que apresentam narrativas com uma natureza escultural, enraizada no equilíbrio entre o familiar e o estranho, explorando várias temáticas, designadamente a comunicação, a cultura popular e a condição humana. O seu trabalho tem sido apresentado tanto no espaço público como em exposições coletivas e individuais em várias galerias nacionais e internacionais.
 
Guido Palmadessa
É um pintor e muralista, natural de Buenos Aires, Argentina, que atualmente reside em Berlim, Alemanha. Os seus trabalhos derivam das disciplinas da pintura, do desenho e do muralismo. Conceptualmente, debruça-se sobre a componente social da arte, que inspirou a criação do seu projeto de arte pública nos bairros desfavorecidos da América do Sul. Enquanto representante da nova geração da street art mundial e tendo estudado na Universidade Nacional das Artes em Buenos Aires, Guido apresenta um estilo que mistura a imaginação e a realidade social, com especial enfoque na condição humana e no figurativo, bem como nas suas viagens pelo mundo, que o inspiram na construção de pontes entre a sua arte e um sentido de comunidade. Os seus murais podem ser vistos um pouco por todo o mundo, destacando-se a Alemanha, Itália, Espanha, Croácia, México, Bolívia, Chile e Argentina.
 
Daniela Guerreiro
Artista portuguesa, nascida em 1992, em Faro. Hoje vive em Lisboa onde encontra muita inspiração. Estudou Artes Visuais na Universidade do Algarve e, depois, pintura na Faculdade de Belas Artes de Lisboa. Enquanto pintora figurativa, a sua intenção principal é mostrar a realidade, nua e crua, ou seja, a sua visão do mundo. A pintura permite-lhe capturar experiências individuais e coletivas. Cada uma delas incorpora os conceitos de exclusão social, vergonha, depressão, insegurança, violência, nomeadamente sentimentos que são pouco ouvidos e falados por parte da sociedade. A utilização de modelos não convencionais permite-lhe transmitir uma beleza escondida, por vezes oculta em cada personagem, trabalhando a cor e a interação entre a luz e a escuridão. Os seus murais podem ser vistos um pouco por todo o país, apresentando-se, regularmente, em exposições individuais e coletivas.
 
Mariana Santos
Mariana Duarte Santos tem 26 anos e nasceu em Lisboa. Fez o secundário na Escola António Arroio e completou o Curso de Desenho e o Curso Avançado em Artes Plásticas no Ar.Co. Tem participado em várias exposições coletivas e individuais em Portugal, Espanha, Estados Unidos, Reino Unido e Irlanda. Em 2019, realizou o seu primeiro mural inserido no projeto "Arte Pública" da Fundação EDP. Tem participado em festivais, sobretudo, europeus, tendo, até à data, murais espalhados por Lisboa, Torres Vedras, Fundão, Belmonte, Ulme, Praia do Ribatejo, Dublin, entre outros. O seu trabalho é de natureza figurativa, centrado no desenho, pintura e gravura. Os temas que trabalha são muito focados nos conceitos de memória, identidade coletiva e estórias locais.
 
Los Pepes Studio
Los Pepes Studio é uma dupla de artistas composta por Meggie Prata (1993, Lisboa) e Francisco Leal (1992, Lisboa). O background dos dois artistas, ligado às artes plásticas e ao design, juntou-os no Mestrado de Arte e Design para o Espaço Público, em 2015, onde se conheceram e se formaram como equipa. Em 2017, quando terminaram o mestrado que se dividiu entre o Porto e Lódz, decidiram regressar a Lisboa e ter um atelier próprio. Desde então, têm desenvolvido um corpo de trabalho geométrico, cheio de padrões e com alguns elementos antropomórficos.
 
Pitanga
É uma artista portuguesa (1980), inspirada pelos sentidos e pela exploração incessante de formas alternativas de expressar os seus sentimentos, através de padrões e da cor. O seu trabalho apresenta ambientes luminosos, coloridos, que derivam do seu mundo imaginário, e da sua experimentação em áreas como a pintura, a costumização de objetos, os murais em grande escala, a ilustração e o design. O seu método é intuitivo e a sua missão é representar a vibração do presente. Participa, com regularidade, em eventos de street art e em exposições individuais e coletivas.